Falta de leitura? Boa vontade pode resolver

Algumas pessoas as vezes me perguntam porque eu "leio tanto", como se eu fosse um ET em um mundo onde ler é coisa de outro planeta. Se for assim, conheço alguns extra-terrestres que vagam por aí. Em História, temos a "tradição" de leituras extensas, necessárias ao desenvolvimento da maturidade necessária para nossa área. Mas sabemos que existem professores de História, ou pelo menos que assim se intitulam, que não gostam muito de ler. Alguns desses preferem manuais ou "supletivos", com resumos práticos. Isso provoca indignação, pois, como podem estes nobres cidadãos levarem alunos que precisam de suporte, mas não muletas, a produzir algo realmente interessante e crítico. Isso é preocupante, afinal, iludido ou não, eu acredito que devemos contribuir para a promoção do conhecimento.

Incluindo as áreas de conhecimento de maneira geral, universitárias ou escolares, a ideia é que a leitura é fundamental. E a população brasileira e a mundial leem muito pouco. Para resolver isso é preciso algumas medidas que incentivem e mostrem que ler é divertido ou, no mínimo, importante para um futuro mais "iluminado".

Fazendo uma busca pela internet, percebi que o mundo ainda tem solução, existindo mentes brilhantes e pessoas que acreditam que podem fazer algo. Um exemplo disso é um projeto interessantíssimo de incentivo a leitura que vem sendo aplicado no Peru. Trata-se do Proyecto Bibliomoto da Biblioteca Comunal Obraje, que surgiu recentemente, a partir da necessidade de promover a leitura e o entretenimento cultural entre as crianças e jovens da província de Huarmey. A Bibliomoto é parte do projeto mais amplo chamado Futura, que existe desde 1999, que com boa vontade e criatividade, viaja em motos de três rodas levando livros e revistas às populações mais carentes e isoladas.

São ações como essas que mantém a esperança de que mais pessoas tenham acesso à leitura no mundo.

Algumas imagens do Proyecto Bibliomoto