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VOTE, mas não se perca no caminho


Tem gente que encara eleições como guerra. Nessa época se isola numa "trincheira" ideológica, se enlameia e de lá atira, esperando que algum projétil encontre o alvo. E por vezes acaba encontrando.

Essas pessoas se armam até os dentes, esquadrinha as estatísticas e fatos mais potentes, enfim, se cercam de preceitos morais e de tradições para defender seus pontos de vistas. Assim se fecham, não veem mais nada, não permitem ao mundo seguir seu caminho, ou pelo menos acreditam que assim podem fazer, bloqueiam os avanços e creem que cultura é algo imutável.

O que há de errado com isso? A priori, parece que nada. Se bem que com isso acabem ofendendo amigos ou colegas, não raro agredindo candidatos (não muito diferente das últimas atitudes reprováveis que encontramos em jogos de futebol) e suas reputações (se bem que muitos mereçam). Alguns perdem a noção do que é debate, discussão saudável, ou respeito pela opinião contrária. A intolerância parece não ter partido, embora os brados advindos das paixões de tendências e facções políticas ecoem bem alto.

E é nessas horas que me sinto retardado, covarde, ladrão, bandido, acéfalo, criminoso e por aí vai... dependendo o dia ou a hora que abro meus e-mails ou redes sociais. 

Por vezes esquecemos que tudo isso faz parte do jogo da vida, do jogo político dos seres humanos, tão diferentes que são; aquele jogo onde erramos e acertamos, mas continuamos humanos e tentando. Às vezes não sou/somos respeitados em nossas escolhas e ainda somos taxados, mesmo tendo o direito de acreditar em algo que nos faça sentido.

Pois bem. Se assim é, mudo o que disse no início e começo a achar que algo não está certo então. Se para vivermos em sociedade precisamos ser intolerantes, não temos o direito de dizermos que somos civilizados. Nesse caso, me parece mais certo viver como ermitão, com ou sem religião.

Antes também que alguém conclua dizendo que "religião, futebol e política não se discute", discute-se sim. Deve-se! Pois é assim que a gente fica menos macaco e mais homem - se bem que ser macaco não seja má ideia às vezes.

O que espero aqui é que se você vai votar nessas eleições, não perca prumo e seus amigos; aprenda a viver com a diferença e seja tolerante.  



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