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Participação na Semana de História da FURB



Na quarta feira (6 de maio) estive na Furb, em Blumenau, SC, para uma apresentação de trabalho. Leiam o resumo, comentários sobre o simpósio e veja fotos.

Foi uma experiência bacana, com um pessoal participativo, numa tarde bem produtiva. Na mesma sessão foram mais 3 apresentações além da minha, com as alunas da Furb Larissa, Camila e Aline, no simpósio coordenado pela professora Cristina Ferreira. Os demais trataram sobre a Ditadura Militar, já o meu se concentrou na chamada Era Vargas, ainda assim, havendo debates interessantes com os presentes.

Leia o resumo da minha apresentação

Esta apresentação tem como objetivo apresentar os aspectos mais singnificativos da produção de erva-mate entre os colonos da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), no antigo sul de Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul), peça importante que foi das políticas estadonovistas da chamada Marcha para Oeste do Governo Getúlio Vargas. Tomo aqui como sujeitos aqueles colonos que ou se tornaram produtores ervateiros diretos ou tiraram algum proveito indireto da presença de erva-mate em seus lotes, nos levando a atentar assim para suas relações econômicas, em suas formas de organização da produção, organização do trabalho, intermediação e exportação. Atentamos ainda para aspectos sociais e políticos, contextualizando o espaço em que eles foram se inserindo, com seus contatos com os sujeitos que já faziam parte desse mundo ervateiro (indígenas, paraguaios, migrantes de outros contextos, etc.) e com a empresa conhecida genericamente como Companhia Mate Laranjeira, que durante muito tempo foi quase hegemônica na região e que já estava enfraquecida pelas políticas do Estado Novo quando chegaram; tendo em vista, assim, que se tratava de uma zona de fronteira com presença econômica de erva-mate desde as últimas décadas do século XIX. Desses colonos da CAND atentamos especialmente para o que chamamos de “colonos ervateiros”, que foram aqueles sujeitos que aprenderam a trabalhar com a erva-mate e dela tiraram proveito, com maior ou menor exito, como alguns que ficaram conhecidos na região (Ramão Dauzacker, Moacir Fagundes, Urbano Braulino, entre outros). O recorte usado nesse caso vai de 1943, ano de criação da CAND, até o ano de 1965, quando temos as últimas encomendas de erva-mate por parte da Argentina, principal compradora do produto mato-grossense.

Veja também algumas fotos desse simpósio





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Os Cartazes Desta História - Memória Gráfica da Resistência à Ditadura e da Redemocratização

de José Luiz Del Roio, Vladimir Sacchetta e Ricardo Carvalho

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