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Filme: "Mary e Max: Uma Amizade Diferente" [resenha]




Um das animações mais interessantes para se pensar sobre autismo, "Mary e Max" tem uma história profunda e linda sobre uma amizade nada convencional.  

Se você vive reclamando da vida, que seu time perdeu, que não fica rico nunca, que não fica com aquela pessoa porque ela tem uma pinta marrom onde (supostamente) não deveria ter ou simplesmente escolhe seus amigos (entre várias opções) como quem escolhe uma roupa numa gondola da Riachuelo, você precisa ver esse filme. 

Aliás, veja mesmo esse filme, sobretudo se você se considerar uma pessoa "normal", com tudo "no lugar", inclusive as ideias. Assim quem sabe entenda que a vida é uma coisa complexa, que pode ser ainda mais complexa para outras pessoas.

Às vezes reclamamos que a vida não é como queremos. Mas, que tal pensarmos o mundo e ver nele suas diferenças. Se mal compreendidas elas podem gerar (e geram) rejeição, mas nós não precisamos nos fechar em nossos conceitos pré(históricos). Ao invés disso, de acharmos exótico e repelente, seria interessantíssimo apenas procurarmos compreender, somando, dialogando, nos sentindo parte do mundo que se completa na diferença dos outros.

Pois é foi isso que fez Mary Dinkle, uma menina australiana, com complexo de inferioridade, que por uma série de motivos pessoais buscava apenas um amigo. Amigo que encontrou em Max Horowitz, um judeu de 44 anos que tinha Síndrome de Asperger e vivia sozinho na cidade de Nova York. Amigo que Mary fez por acaso e descobriu sem julgar, que era um cara que os normais da vida chamavam "estranho", "anormal" e "exótico".



Para Mary, após a descoberta lenta do amigo, não importou que ele tivesse Síndrome de Asperger; nem importou que ele tivesse dificuldades de interpretar sinais sociais ou simples manifestações faciais; não importou que ele fosse aficionado por rotina; que tivesse surtos emocionais com as diferentes sensações que fugiam ao seu controle. Na verdade, os resultados disso é que lhe causavam apreensão e ansiedade por não ter notícias do amigo. Só entendeu com o tempo os motivos de Max ser aparentemente apático, não sabendo ele nem o que significava o "amor". 



E no fim das contas, quando tudo isso importou, foi com um sentimento de que deveria ajudar; não por ter pena, mas por sentir-se parte de um processo, de algo que lhe afetava, que se possível deveria intervir, procurar melhorar, ainda que utopicamente acreditasse que pudesse encontrar a solução.

No fim, descobriu ela que o que importava era entender, era se importar. 

E você quer um amigo pra se importar ou só quer julgar?

Assista ao trailer (legendado)


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* Postado em 19/jul/2017.

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